
Title | : | Sagarana |
Author | : | |
Rating | : | |
ISBN | : | 9871156642 |
ISBN-10 | : | 9789871156641 |
Language | : | Spanish; Castilian |
Format Type | : | Paperback |
Number of Pages | : | 447 |
Publication | : | First published January 1, 1946 |
Awards | : | PEN Translation Prize Harriet de Onis (1967) |
Sagarana Reviews
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Amormeuzinho é uma palavra que deveria existir desde sempre.
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João Guimarães Rosa marcou um ponto divisor no meu percurso de leitora.
Pela escrita inventiva, pela humanidade e universalidade das histórias, pela simplicidade que usa na abordagem de temas que, embora se foquem nos ambientes rurais e sertanejos, são transversais à geografia e ao estatuto social.
Este olhar abrangente de Guimarães Rosa mostra a grandiosidade do homem atrás do escritor ( se é que podemos distinguir um do outro), revela-nos um homem generoso, um autodidata nato, um eterno curioso, que nutria um carinho exemplar pela gente simples do campo, um grande respeito pelas suas tradições, pela sua maneira de estar e pensar. Ele, que era formado em medicina, que foi diplomata nas grandes capitais Europeias, mas que nunca quebrou o fio que o ligava à ruralidade.
Viajava com boiadeiros, pernoitava no campo, compartilhava da sua modesta forma de vida, conheceu e registou minuciosamente a fauna e a flora que encontrou.
Nas suas obras encontramos o reflexo de toda esta vivência e conhecimento, sem reparos, sem criticas ou menosprezo, numa plena aceitação e respeito por uma realidade social muito diferente da sua . -
okay, so... it's not magical-realism, but everything talks... frogs, birds, cows, oxen... everything... the grass waves and fruit grows and trees sleep and wind whispers... people live amongst it all but they are not privileged or above it... death is everywhere all the time, but not as the end, not as a monster... it's just woven into the world like everything else... people tell stories, lots of stories... and so do the oxen and the frogs... stories about all the other things that happen to everyone and everything else... everything is connected and very complicated but very simple and natural... the language is beautiful and earthy and funny and fun and relaxed and sad... the stories unroll slowly... duels, rivalries, hatreds... cattle drives... love stories... sickness... a game of chess... hopes for salvation... a day spent fishing... a flash of sudden violence... nothing complicated, nothing out of the ordinary... there is little or no suspense, just a kind of floating joy and mystery... some of the stories you don't even notice they're happening until they end, then you go oh, i see... it was a story about so-and-so... nice... i don't usually like long books, but if this had gone on for another 300 pages i wouldn't have been upset... still can't believe i never heard of rosa before... can't believe he is out of print in this country... so strange...
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For now I'll just say that
João Guimarães Rosa is one of my favorite Brazilian writers, along with
Clarice Lispector.
Sagarana is a brilliant collection of short-stories, one more beautiful than the next.
I read Saragana in Portuguese and have no knowledge of an English edition, but some of his stories were translated separately. Nevertheless, highly recommended. -
Os outros escritores que me perdoem, mas Guimarães Rosa é fundamental. Sagarana é um dos melhores livros de contos que li em todos os tempos. Recentemente o reli e me deliciei com O Burrinho Pedrez e A hora e a vez de Augusto Matraga, entre outras obras-primas. Rosa é aborda temas universais com um saboroso tempero brasileiro. O livro é todo bom. Recomendo como introdução à obra do escritor, antes de Grande Sertão - Veredas.
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Que maravilha de livro de Guimarães Rosa. E olha que é seu romance de estréia.
Sagarana é um livro monumental,foi publicado em 1946, e tem 9 deliciosos contos. Bois, O sertão, coronéis, bandidos, brigas, duelos, vingança, traição são palavras chaves do livro. Há até espaço para o sobrenatural, como no conto" Conversa de Bois"
Dentre os 9 contos, há um bem conhecido: "A Hora e a Vez de Augusto Matraga”. Tido por muitos como um dos mais importantes contos de nossa literatura.
A crítica na coluna “Livros e autores” do Jornal O Globo, publicada na edição do dia 5 de junho de 1946, ressaltava: “São páginas inesquecíveis e antológicas que nos fazem lembrar, simultaneamente, Euclides da Cunha, através da forma com que nos faz sentir em toda a sua pujança a agressividade do meio ambiente, e Coelho Netto pelo esplendor vocabular”.
Enfim o livro te prende de uma forma única, com o seus vários personagens marcantes. Você não pode deixar de ler. -
Uma das obras fundamentais da literatura brasileira, para os leitores internacionais, uma interessante curiosidade especial na obra de Guimarães Rosa. O autor constrói em nove contos médio-longos um caráter existencial e regional do humano em confronto com si mesmo. O livro é um exemplo de maestria narrativa e experiência linguística contanto com elementos fabulares como em "O burrinho pedrês" e "Conversa de bois" além do folclore brasileiro misturado com questões bíblicas e homéricas, como em "O duelo" e "Sarapalha". As melhores histórias, porém, recaem com as narrativas "Minha gente" e "A hora e a vez de Augusto Matraga", ambas transcendentais em relação ao que se pode entender como literatura. Uma obra absolutamente imperdível.
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Sagarana é belo, mas daquelas belezas que a gente precisa de um olhar, um atravessamento interno que não é mole de manter.
Me descobri aqui avesso aos contos ou novelas, o que de há muito já desconfiava...
Das novelas, duas especialmente me foram enfadonhas, "São Marcos" e "Conversa de Bois", mais fácil atravessar pinguela saculejando em rio cheio que lê-las. Foi aí que meu Burrinho Pedrês interno empacou.
Neste livro Guimarães Rosa dá pistas do que viria a desabrochar mais tarde na sua obra mais importante "Grande Sertão: Veredas".
Recomendo porque é Guimarães, é Rosa, é único.
Desrecomendo, porque são histórias curtas. Agora, s'ocê deve lê ô não é concê! -
Okay, so I didn't read the whole thing, but I read "The Hour and the Time of Augusto Matraga" for my Brazilian Lit class. Although it was difficult to get through because of all the colloquialisms, it was quite enjoyable. It's considered, I found out later, the essential novel in Brazilian literature. It's basically a story about redemption, but it's so allegorical that it feels like a parable out of the Bible.
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I ordered this book on the internet. I thought I was ordering the English translation, but instead the Spanish original arrived in the mail. I felt foolish.
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faltam 3 contos e meio, mas to muito machucado do vestibular pra continuar agora. um dia, quem sabe...
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Embora eu consiga admirar de forma objetiva toda a genialidade do Guimarães Rosa... Meu Deus, esse foi um dos livros mais difíceis que já li na vida.
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Dando um tempo dos gringos, começo esse clássico de contos do grande mestre Rosa!
Sagarana - João Guimarães Rosa | 447 pgs. | Lido de 08.05.17 a 10.05.17 | NITROLEITURAS #resenhas #literaturabrasileira #clássico #contos
SINOPSE
Apresentando a paisagem e o homem de sua terra numa linguagem já então exclusiva, por meio de contos como 'O burrinho pedrês', 'Duelo', 'A hora e a vez de Augusto Matraga', Guimarães Rosa fez deste livro a semente de uma obra cujo sentido e alcance ainda estão por ser inteiramente decifrados.
Sagarana é um livro de contos publicado por João Guimarães Rosa em 1946 e cuja primeira versão foi por ele inscrita no Concurso Humberto de Campos, da livraria José Olympio, sob o título de Contos, em 1938, e que assinou sob o pseudônimo de Viator. Essa publicação foi premiada com o segundo lugar no concurso, perdendo para Maria Perigosa, de Luís Jardim.
É a primeira publicação que não foi posteriormente renegada pelo autor. Os textos exemplificam bem o estilo do autor, sua linguagem inovadora e seus temas, atrelados à vida rural de Minas Gerais.
O título Sagarana é um hibridismo: "saga", radical de origem germânica que significa "canto heróico", "lenda"; e "rana", palavra de origem tupi que significa "que exprime semelhança ". Assim Sagarana significa algo como "próximo a uma saga".
João Guimarães Rosa combina e recombina habilmente as informações do meio, confundindo lugares e paisagens, mesclando o real, o imaginário e o lendário em sua obra. É um livro regionalista universalista já que suas histórias localizam-se no sertão de Minas Gerais, no entanto num contexto de questões existenciais universais.
RESENHA
Apesar de ler e reler frequentemente o Grande Sertão Veredas, há muito que não relia o Sagarana, para mais de uma década. E como é bom reencontrar a prosa de João Guimarães Rosa, e seu sertão ao mesmo tempo mitológico e terrivelmente humano.
"Sagarana" é impressionante, cada conto fenomenal, com um escrita que impressiona pela fluência, pelo virtuosismo léxico e ao mesmo tempo acessível e universal.
Infelizmente criou-se uma mística em torno da obra de Rosa, que pode chegar a afastar os leitores, pelo medo de "não entender". Para estes, recomendo "Sagarana" como uma porta de entrada para a obra de Rosa.
Então fica a dica, is livros de contos do Rosa servem como uma espécie de preparo para encarar o Grande Sertão Veredas, e viver uma experiência literária única. E aprender muito, porque Mestre Rosa é um "troço de doido"!
Nessa releitura me chamou a atenção o aspecto da transcendência e regeneração da alma no "A hora e a vez de Augusto Matraga", que fecha o livro com "chave de ouro". Conto maravilhoso, uma espécie de "bangue-bangue" do sertão, prontinho para virar filme!
Se bem que o diretor Paulo Tiago fez um filme em 1974, o "Sagarana", o Duelo, que é mais charmoso pela tosqueira e pelas mudanças "meio erradas" em relação ao original, mas fazer o quê? Pelo menos passa algumas referências visuais para quem leu o conto.
Relendo a gente vê o porque o Rosa assombra. Tudo em seus contos está interligado com todas as coisas, apesar de não ser realismo fantástico, tudo fala, tudo vive na literatura de Rosa. Animais falam, a grama comunica-se com os vaqueiros, tudo se interliga em uma relação de símbolos complexa e fantástica. E olha, Rosa ainda cria tramas de fôlego, com personagens ULTRA-bem construídos, com camadas e mais camadas, além de misturar reflexões filosóficas e existencialistas DENTRO do contexto cultural dos seus sertões inventados. MEDONHO! :)
Recomendadíssimo! :) -
Eu não sabia se começava Guimarães Rosa por Grande Sertão: Veredas ou por Sagarana. Acabei me maravilhando primeiro no GS:V, mas acho que independente da ordem, eles são complementares.
Sagarana complementa e pinta ainda mais profundo o sertão, trazendo alma e voz pra muitos personagens diferentes nos 9 contos que compõe esse livro (todos com um quê de parábolas). Tudo tem vida. E parece que depois de tocar nosso olhar, também reparamos a vida do que nos rodeia.
A sequência em que os contos se apresentam é irretocável, meus contos preferidos foram o primeiro "O Burrinho Pedrês" e o último "A Hora e a Vez de Augusto Matraga": conto que inspirou a música Requiém Para Matraga do Geraldo Vandré, musica presente na trilha sonora de Bacurau. Não por acaso, pois vejo um pouco da essência da escrita Rosiana em tudo isso.
Guardo aqui também alguns trechos encantadores de uma carta de Rosa a um amigo contando sobre o processo de escrita do livro:
"Àquela altura, porém, eu tinha de escolher o terreno onde localizar as minhas histórias. Podia ser Barbacena, Belo Horizonte, o Rio, a China, o arquipélago de Neo-Baratária, o espaço astral, ou, mesmo, o pedaço de Minas Gerais que era mais meu. E foi o que preferi. Porque tinha muitas saudades de lá. Porque conhecia um pouco melhor a terra, a gente, bichos, árvores.
Porque o povo do interior — sem convenções, “poses” — dá melhores personagens de parábolas: lá se veem bem as reações humanas e a ação do destino: lá se vê bem um rio cair na cachoeira ou contornar a montanha, e as grandes árvores estalarem sob o raio, e cada talo do capim humano rebrotar com a chuva ou se estorricar com a seca."
carta na íntegra:
http://www.elfikurten.com.br/2016/02/... -
"Sono povera, povera, povera, me ne vado, me ne vado. Sono ricca, ricca, ricca, me ne vado via di qui..." (Vecchia canzone popolare)
Sagarana è epica indigena, è un fiume che uccide nella notte, un giaguaro che arretra di fronte a uno zebù, una sfida per l'onore, un corpo invulnerabile, un adulterio inevitabile, un fantasma errante, una natura primordiale, un serpente invisibile, un bovaro allegro e disperato, una gelosia che non si spegne, un'amicizia che si fa eterna. Sagarana è malaria, è una palma, un aneddoto infinito, è sertao, grande deserto, è cavalli e buoi che conversano, è il destino che ci attende, è la solitudine, il duello nel villaggio, è fuga dalle decisioni, è morte nella libertà, è una mandria di nuvole, è l'alba e insieme il tramonto. Sagarana è tupì, juà, cajà, buritì, goiabeira, jacarandà, jararacussù, mae-boa, mangabeira, pau, sarà, tamanduà, sucuarana, jenipapo, tico-tico, urubù: lingua che diviene mondo, parola-racconto, esempi e fantasie, analogie e parabole. E' un'iniziazione alla letteratura, scoperta di un continente, invenzione e poesia come privilegiata forma di conoscenza, cammino e preghiera universali. Un dono, tutto qui, che arriva dai campos del Minas Gerais. -
Sagarana é a junção da palavra "saga" de origem germânica que significa canto heróico, lenda e "rana" que em tupi significa semelhança. Portanto, aqui encontrei as duas tradiçõe: a europeia e mineira, em histórias com heróis improváveis que mostram o seu valor e sua razão de ser em um único momento da vida.
A primeira vez que li era um dos livros obrigatórios do vestibular, desta vez, sou adulta já tem alguns muitos anos. A minha Sagarana pessoal já vivi. Nesta leitura uni minhas duas pontas, a mulher que eu esperava ser é a que sou.
Voltando ao Sagarana acho de tudo um pouco: lindo, poético, aventureiro, alegre, melancólico, redentor. -
Ô Minas Gerais, quero te conhecer meu bem...
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3,5 per la scoperta di una novella rusticana d’oltreoceano. Un Sudamerica sempre più vicino all’Europa mediterranea
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Guimarães Rosa é famoso por inventar novas palavras – até existe um dicionário só com seus neologismos. O titulo deste livro é um bom exemplo. “Saga”, aventura e “rana”, palavra tupi, que significa “parecido”, ou seja, sagarana significa “parecido com uma saga”.
O livro possui nove contos:
O BURRINHO PEDRÊS
Conta a historia do burro Sete - de Ouros, já velho, que é esquecido pelo dono, Major Saulo, mas que acaba salvando a vida de dois vaqueiros.
A VOLTA DO MARIDO PRÓDIGO
Lalino não é chegado ao trabalho e parte para o Rio de Janeiro. Ao voltar, encontra a esposa casada com Ramiro, mas ele vai querer a esposa de volta.
SARAPALHA
Ribeiro e Argemiro são primos. Acabam doentes, com malaria. Como metade de Sarapalha morrera da doença, Argemiro confessa sua paixão pela esposa do primo, Luisa, e o que afetará a convivência dos primos.
DUELO
Um caso de adultério, e o marido traído mata o irmão do amante. Agora o traído é perseguido pelo amante e os dois ficarão nesse jogo de caça – caçador .
MINHA GENTE
Para ter o amor de sua prima, Emílio vai fazer de tudo, até fingir amar outra mulher.
SÃO MARCOS
José , apesar de supersticioso, sempre zomba dos feiticeiros, Até que um deles resolve pregar-lhe uma peça.
CORPO FECHADO
Uma mula , a defesa da honra da noiva e a valentia dos chamados “valentões” são as ligações entre os personagens desta historia.
CONVERSA DE BOIS
Como nome sugeres, nesse conto são descritas as conversas entre os bois durante a viagem de um carro de bois que leva uma carga de rapadura e um defunto.
A HORA E A VEZ DE AUGUSTO MATRAGA
Augusto Estêves manda e desmanda no pequeno povoado em que vive. Pródigo, com a morte do pai perde todos os seus bens. Certo dia, Quim Recadeiro dá-lhe dois recados que alterarão sua vida: perdera os capangas para seu inimigo, o Major Consilva; e a mulher e a filha fugiram com Ovídio Moura. -
João Guimarães Rosa (1908-1967) nasceu em Cordisburgo, Minas Gerais, e é um dos mais importantes escritores brasileiros de todos os tempos.
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Em ordem cronológica, Sagarana (1946) foi sua segunda obra (Magma foi a primeira, 1936) e se tornou um marco em nossa Literatura. Apesar de Rosa ser bem mais conhecido pelo romance Grande Sertão Veredas, acredito que este livro de contos torna-se uma bela porta de entrada para o universo do autor. Os textos exemplificam bem o seu estilo, seus temas e seus traços de linguagens vinculados à vida rural de sua terra.
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A leitura foi uma viagem ao passado, uma vez que tive uma infância no interior que muito se parece com o que foi pintado por Rosa em seus contos, até porque, os interiores de Goiás e de Minas possuem muitas similaridades em seu modo de ser e viver. Mesmo nos dias de hoje, o ritmo da vida no interior é diferente, parece que tempo se esparrama e demora a passar. Aprecia-se mais, observa-se mais, contenta-se com muito pouco.
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O livro traz esta simplicidade da vida e Rosa descreve e combina com muita habilidade, informações do meio, de lugares, paisagens do sertão mineiro, da vida rural e de seu capiau (ou caipira).
Cada conto carrega, dentro de um mesmo cenário, prismas ou perspectivas diferentes sobre a vida no sertão mineiro. Ao final da leitura, é possível perceber uma certa completude que acredito que Rosa queria nos passar.
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Todos os textos são cativantes, mas o que mais me conectaram foram:
“O burrinho Pedrês” por conta da tocada da boiada;
“A volta do marido pródigo” e seu caipira malandro, Lalino;
“A hora e vez de Augusto Matraga” em função da transformação do personagem principal. -
Gosto muito dessa atmosfera do interior do Brasil, então estava animada para ler Sagarana.
Mas, logo no primeiro conto, O burrinho pedrês, minha animação diminiu bastante. Que conto mais despropositado.
A meu ver, toda aquela conversa entre os vaqueiros só serviu para ambientação (leia-se: para mostrar que os vaqueiros eram vaqueiros porque tinham vocabulário de vaqueiros). Mas que jeito mais chato de fazer isso.
A cada dez palavras eu tinha que procurar alguma no dicionário, só pra descobrir que era algum tipo de boi.
E esse negócio de enfiar diálogo inútil no meio do diálogo importante? A bitch has concentration issues.
Ah, o pior de tudo: o burrinho praticamente nem aparece! Que chatice.
Até tentei ler o segundo conto, mas por enquanto, prefiro por o livro de volta à estante. Quem sabe no futuro não nos damos melhor... -
Guimarães Rosa é um mestre em contar histórias.
Apesar de o contexto em que elas se passam ser um pouco alheio à realidade urbana em que vivo, ao longo do livro vamos entendendo melhor as relações sociais, a economia, e as dinâmicas típicas das Minas Gerais em que as histórias acontecem.
O desenvolvimento dos contos é excelente - por mais que alguns dos começos das histórias pareçam "lentos" (o burrinho pedrês e conversa de bois vêm à mente), a narrativa é envolvente, a ponto de chegar ao fim de cada história arrebatado.
Vale a pena persistir na leitura desta obra: ela é daquelas cujas histórias ficam na cabeça por ser ao mesmo tempo bem específica (tudo acontece num contexto regional bem peculiar) e universal (com temas como vingança, amor, redenção). Recomendo. -
li este livro pela primeira vez em 1993, pra prestar vestibular. lembro que, dentre os livros da lista da fuvest, este foi o que mais me marcou. livro bom! decidi, depois de tanto tempo, sem lembrar mais nada sobre o livro, reler pra relembrar. minha primeira surpresa é que são contos que fazem o sagarana (minha má memória me dizia que era uma história só, passada no sertão). a segunda surpresa é que o livro é realmente bom, com histórias que se passam em minas gerais (e daí me lembram a adélia prado e o rubem alves). estou adorando a releitura! acho que nunca li o 'grande sertão veredas' (não lembro!), mas ele já está na fila como o próximo livro do joão guimarães rosa a ser lido!
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Para começo de conversa, não é um livro fácil de se ler, de modo que tive que recorrer ao dicionário por várias vezes. Nem todos os contos são brilhantes, mas alguns são realmente muito bons, em especial, os contos: O burrinho pedrês, A hora e a vez de Augusto Matraga e A volta do Marido Pródigo, se recordo, em que a mineirice vem à tona com toda a força.
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2,5 ⭐️
Várias pessoas me disseram que para muitos “Sagarana” não “desce” na primeira leitura, e acredito que isso também se aplica a mim. Talvez em uma futura releitura eu consiga apreciar melhor essa obra, mas confesso que achei a leitura extremamente cansativa e os contos não conseguiram prender a minha atenção. -
Este é um livro raro - Guimarães Rosa lhe faz imergir e ter vontade de estar presente num mundo totalmente diferente e até alheio ao urbano. Sensações vêm à mente de uma forma tão clara como poucas vezes a escrita pôde transmitir. Obrigatório.
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one of my favorites books.
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"Sarapalha", "Conversa de Bois" e, principalmente, "A hora e a vez de Augusto Matraga”, são contos bonitos de verdade. Aliás, o livro é belo do início ao fim, mas é de leitura confusa, truncada.
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4.7
Maravilla de relatos. -
este é um livro sobre bois e vacas, burrinhos e gente fudida e doida. e também um livro de vibes.
li um conto por vez, todo dia antes de dormir, e foi sempre muito bonito ver as descrições das flores e dos passarinhos do guimarães rosa misturada com as tristezas e as doideras dos personagens. o conto do burrinho pedrês foi meu favorito (o final!!!) e também gostei muito de reler a hora e a vez de augusto matraga, que li muitos anos atrás. minha gente, em primeira pessoa, me deixou gritando de frustração com o narrador lerdo e de alegria com a esperteza da maria irma. no fim, acabei de gostando de quase todos, por motivos diferentes.
feliz por finalmente ter lido esse :')