
Title | : | Grande Sertão: Veredas (Graphic Novel) |
Author | : | |
Rating | : | |
ISBN | : | 8525057754 |
ISBN-10 | : | 9788525057754 |
Language | : | Portuguese |
Format Type | : | Paperback |
Number of Pages | : | 180 |
Publication | : | Published January 1, 2014 |
Prêmio de segundo lugar da 57º Jabuti de 2015, pela Câmara Brasileira do Livro. O principal romance da literatura brasileira do século XX ganha adaptação inédita em graphic novel, preservando o texto de Guimarães Rosa, considerado um dos maiores escritores nacionais. Riobaldo recebe um visitante em sua fazenda para quem conta sua história. As memórias do narrador vão de sua infância até as reviravoltas do destino que o levaram a se tornar um jagunço. Envolve-se com Zé Bebelo, que pretendia pacificar o sertão, e em guerras entre os bandos de Hermógenes e Joca Ramiro. Riobaldo atravessa a vastidão do sertão ao lado de Diadorim, participando de disputas por riqueza e vingança. A graphic novel respeita a complexidade de Grande Sertão - Veredas. Com roteiro do diretor de cinema Eloar Guazzeli, a obra transpõe cenas de batalhas surpreendentes para os quadrinhos, dando um ritmo cinematográfico. O ilustrador Rodrigo Rosa não se limita a retratar as paisagens do sertão, mas explora os seus contrastes, a natureza se torna um elemento narrativo, que compõe o clima do romance gráfico. A adaptação convida os fãs do romance a redescobri-lo e apresenta aos novos leitores a grandeza dessa obra. Outro destaque da edição é o projeto gráfico, concebido para uma tiragem limitada. O livro é protegido por uma luva de acetato vermelho e fora dela, um trecho do livro se revela na capa. Além disso, o volume tem a lombada solta, e artesanal, de forma que a ilustração da capa possa ser vista por inteiro e expondo detalhes como a lombada e a costura dos cadernos.
Grande Sertão: Veredas (Graphic Novel) Reviews
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Quase todas as adaptações que já vi do GSV não chegam bem perto de fazer jus ao original. São uma paródia da obra, perdem tudo aquilo que faz ela ser bela. Isso vale para o filme, a série, a peça do Caio Blat e a leitura da Maria Bethânia. As únicas exceções, as únicas adaptações que mantém uma parte da beleza, são essa história em quadrinhos e as leituras do Odilon Esteves.
A princípio só recomendo para quem já leu o livro, porque perde um pouco a graça ler os quadrinhos primeiro e ir ler o livro sabendo a estória toda. Mas leio os quadrinhos para meu filho desde os 2 anos e ele sempre adorou. Reconheço que estou tirando dele o prazer de ler o GSV sem saber o final, mas acho que isso se compensa com o prazer que ele está tendo de crescer ouvindo a estória e vendo os quadrinhos. -
Não imagino que alguma adaptação de livro em quadrinhos conseguirá ficar melhor do que essa.
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Viver é negócio perigoso.
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Os desenhos são lindos e o roteiro é muito bom, mas em alguns momentos acho que passa rápido demais por algumas situações, pontuando o que aconteceu sem mostrar as reações ou sensações que o fato causou. No caso específico desta obra, isso é ainda mais fundamental. Como acabei de ler o original, que está fresco na minha memória, talvez essa falta tenha ficado mais evidente... Mas gostei demais de ter conhecido esta adaptação, de ver em imagens tudo o que antes eu imaginei. Creio ser uma excelente pedida para quem já leu o original.
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Nunca tinha lido Grande Sertão. Depois de ler esse lindo HQ, acho q vou tomar coragem. Foda!!! 10/10.
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O sertão do clássico de Guimarães Rosa em excelente adaptação
Guazzelli é um ilustrador e quadrinista gaúcho com trabalhos publicados e premiações no Brasil e no exterior. Entre os prêmios estão: Yomiuri International Cartoon Contest (1991), Salão Internacional de Piracicaba em 1991, 1992 e 1994, II Bienal de HQ do Rio de Janeiro, 1º colocado em quadrinhos, troféu HQ Mix na categoria desenhista revelação, 1994.
Rodrigo Rosa é um quadrinista ilustrador e cartunista gaúcho que vem fazendo várias adaptações de obras para quadrinhos.
A primeira edição do livro foi lançada com projeto gráfico especial que inclui luva de acetato vermelho e encadernação artesanal. A lombada é solta, permitindo ver a costura dos cadernos e ver por inteiro a ilustração que percorre da primeira capa à quarta.
Referências
> Autores: Eloar Guazzelli Filho (1962 –), roteiro e Rodrigo Rosa (1972 –), arte, a partir do clássico romance de João Guimarães Rosa (1908 – 1967)
> 1ª edição: encadernação artesanal, de 2014, pela Biblioteca Azul
> 2ª edição: em capa dura, de 4/5/2016, pela Globo Livros, por seu selo Globo Livros Graphics
1.“A hora e a vez de Rodrigo Rosa nos quadrinhos”
Entrevista com Rodrigo Rosa no Blog dos Quadrinhos, de 21/2/2009
http://blogdosquadrinhos.blog.uol.com...
Outras obras de Guazzelli
> Como quadrinista
1.
Vidas Secas
Adaptação para quadrinhos da obra de Graciliano Ramos, com roteiro de Arnaldo Branco e arte de Guazzelli
2.
Demônios*** R
Adaptação para quadrinhos da obra de Aluísio Azevedo, com roteiro e arte de Guazzelli
3.
Grande sertão: veredas *** R
Adaptação para quadrinhos da obra de Guimarães Rosa, com roteiro de Guazzelli e arte de Rodrigo Rosa
> Como ilustrador
1.
Um dia de chuva, de Eça de Queiroz
2.
4 contos, de E. E. Cummings *** R
3.
Pawana, de J.M.G. Le Clezio *** R
4.
A árvore dos desejos, de William Faulkner
5. O pagador de promessas, de Dias Gomes
6.
Cidades ilustradas - Florianópolis
7. O rei que virou lenda, de Claudio Rodrigues
8.
Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato
Outras obras de Rodrigo Rosa
1. Os Sertões
Adaptação para quadrinhos da obra de Euclides da Cunha, com roteiro de Carlos Ferreira
Ganhou o Troféu HQ Mix de 2011 como melhor adaptação para os quadrinhos.
2. O cortiço
Adaptação para quadrinhos da obra de Aluísio Azevedo, com roteiro de Ivan Jaf
3. Memórias de um sargento de milícias
Adaptação para quadrinhos da obra de Manuel Antônio de Almeida, com roteiro de Ivan Jaf
*** R – Livros já resenhados por mim. -
Adaptar um livro para quadrinhos é sempre uma tarefa complicada porque exige não apenas o conhecimento dos detalhes da obra, mas compreender o coração daquilo que foi contado. Na maior parte das vezes, a quadrinização fica aquém do resultado proposto. O que chega a nós com mais destaque são aqueles quadrinhos que são diferentes em algum ponto, seja na forma de adaptar ou na precisão do que foi adaptado. Eloar Guazzelli é alguém que trabalha há muito tempo com a arte de adaptar obras de ficção para quadrinhos. E ele tem como principal características não apenas traduzir bem as cenas e os diálogos, mas compreender a essência da história. Aquilo que faz a história pulsar. E nessa HQ ele pegou uma missão bem complicada: a de adaptar Grande Sertão - Veredas, um clássico da literatura brasileira escrita pelo gênio Guimarães Rosa.
Vou tentar a infeliz missão de fazer uma sinopse dessa obra. Grande Sertão Veredas é uma história contada pelo seu protagonista Riobaldo que nos conta sua trajetória pelo sertão mineiro em uma imensa jornada que nos fará conhecer o coração dos homens do interior, ao mesmo tempo em que ele precisa enfrentar as tropas governistas que buscam a opressão do povo sertanejo. Durante suas andanças ele conhece Diadorim (ou Reinaldo), um homem que através de sua bravura e decisão o encanta a ponto de ele dedicar sua vida a estar ao seu lado. Riobaldo e Diadorim fazem parte do bando de foras-da-lei sob a chefia de Joca Ramiro, um homem justo, porém embrutecido por todas as violências que ele já viu na vida. Grande Sertão é uma narrativa que mostra o interior do coração de Riobaldo, um homem balançado pela vontade de fazer a diferença, mas também a de estar ao lado do enigmático Diadorim, alguém por quem ele descobre sentimentos conflitantes.
Fica bastante complicado eu falar de como Guazzelli adaptou a obra porque a maneira como o roteiro chega nas páginas da HQ é muito semelhante ao que Guimarães Rosa empregou em sua obra. Óbvio que é basicamente impossível chegar próximo ao nível de escrita do grande autor, mas o que parece claro é que Guazzelli entendeu o que Rosa tentou transmitir em sua obra. E ele traduz isso de uma forma gentil e honesta, nos mostrando um sertão vivo, que é quase como o verdadeiro protagonista da obra, mais do que os personagens presentes na narrativa. Um sertão que pode ser belo e cruel ao mesmo tempo, e que bate forte no coração como as agruras da vida. As dificuldades são muitas vividas pelos sertanejos, tudo em troca de um pouco de liberdade em suas exist��ncias. Outro ponto legal do roteiro do Guazzelli é em como ele deixou a arte do Rodrigo Rosa trabalhar nos momentos mais idílicos.
A obra de Guimarães Rosa é muito mais complexa do que os temas que vou trabalhar aqui, mas queria chamar a atenção em três pontos. O primeiro deles é a existência de uma linguagem que se assemelha a um realismo mágico em alguns momentos. O sertão é um ambiente que ultrapassa a compreensão humana. Tem um momento da narrativa em que eles precisam atravessar uma faixa de terra que seria um atalho para o seu objetivo. E o sertão os castiga terrivelmente, mostrando suas garras para que o homem conheça o seu lugar. Já em outro momento temos uma informação de que o antagonista teria feito alguma espécie de pacto com o demônio para que ele pudesse suplantar todos os esforços feitos contra ele. E todos os reveses sofridos pelo bando de Riobaldo são fruto desse pacto. Ou que Diadorim tem o corpo fechado e por essa razão a narrativa nos mostra alguém que não se enquadra em definições mundanas. Ou seja, o mágico se une a uma vida cheia de dificuldades e fornece explicações possíveis para alguns dilemas.
Outro lado interessante é que o roteiro ressalta bastante as dificuldades que Riobaldo tem para entender a si mesmo e a seus sentimentos por Diadorim. Na época em que o livro foi escrito, Rosa recebeu críticas e elogios por nos apresentar a imagem de um sertanejo dono de um espírito humano e frágil. Retirando do palco aquele estereótipo do homem másculo e viril, e nos colocando frente a frente com uma personalidade que precisa entender o que ele faz no meio de pessoas que matam outros. Desde o começo da história, Riobaldo critica as ações violentas do bando ao qual faz parte. Se ele buscava outras soluções no começo, o convívio com seus companheiros e as situações que eles vivem cria uma casca nele em que há a compreensão de uma necessidade de encontrar a justiça. Diante de tanta opressão e violência, somente esse caminho pode nos levar a alguma solução futura. Claro que em vários momentos, se coloca contra decisões mais extremas do bando como quando eles capturam o líder das tropas governistas na região.
Sem falar na situação com Diadorim que percebemos se tornar uma paixão verdadeira da parte de Riobaldo. Seus sentimentos por seu companheiro são claros, o que lhe causa uma confusão ao pensar que ele está apaixonado por um homem. Na sua concepção de mundo, isso é errado e ele tenta se convencer de que é o amor de um irmão. Mas, os indícios apresentados por toda a narrativa falam o contrário e ele não os aceita. Sua saída, muitas vezes, é encontrar uma paixão efêmera seja com amantes vazias nas cidades ou se convencendo de que vai se casar com Otacília. O que o deixa mais confuso ainda é a percepção de que Diadorim parece também sentir o mesmo, dada as expressões de ciúmes que ele visualiza eventualmente. Então Riobaldo fica nesse dilema e chega a pensar até em pegar Diadorim e abandonar o bando em busca de uma vida longe de tudo. Mas, ele acaba rechaçado pela promessa de Diadorim que busca sempre um objetivo que parece não ter fim.
Essa é uma belíssima adaptação do romance de Guimarães Rosa. Acho que Guazzelli foi muito feliz ao conseguir captar a essência da narrativa tão mágica e desoladora de Grande Sertão - Veredas. Ele conseguiu transmitir para os leitores um texto difícil de ser adaptado dada a maestria de Guimarães Rosa de empregar a língua portuguesa de maneiras criativas e inesperadas. O livro em si possui uma linguagem própria, dificílima de ser traduzida e o roteirista conseguiu ser muito feliz. Para aqueles que sentiram dificuldade com o texto literário, recomendo esta HQ como uma porta de entrada para um retorno futuro ao mundo mágico criado pelo grande autor. Espero ter feito um bom trabalho em apresentar essa HQ, porque tentar reduzir a narrativa magnífica deste autor em uma resenha de poucos parágrafos chega a ser uma heresia à grandiosidade do gênio de Guimarães Rosa. -
Os quadrinhos ficaram lindos!
Minha única ressalva é que poderia ter sido mais longo. a partir de um certo ponto, ficou corrido; as últimas páginas do livro (depois ~daquele evento) foram cortadas, então muito acabou sendo perdido, e o desfecho pareceu do nada.
Mas toda a adaptação dos personagens e das batalhas: lindíssimo! -
“Viver é um negócio perigoso”
Belíssima adaptação. A força dos traços traduz perfeitamente a intensidade dessa história tão representativa do sertanejo e das guerras que formaram o Brasil do começo do século XX. -
Tendi nada da maioria das coisas ditas, mas entendi pelo menos a história principal. Muito triste.
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"O diabo não há! É o que eu digo, se for... Existe é homem humano."
Tentei ler o livro original 2 vezes sem conseguir passar da página 100.
Esse graphic novel foi uma maneira maravilhosa para conhecer esse clássico da literatura brasileira juntando o texto original com um traço artístico e tocante.
Próximo desafio vai ser ler o original! -
Graphic Novel contando a história do livro, pegando partes importantes e transpondo para outra linguagem. Excelente travalho dos ilustradores. Muito interessante o formato, mas não deve se deixar de ler o original.
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Grande Sertão, Ser tão grande!
Obra máxima da literatura brasileira, do grande Guimarães Rosa, não poderia ser melhor apresentada em quadrinhos do que pelo, igualmente, grande Guazelli. -
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Soberbo, o resto é redundância.
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Diadorim...